domingo, 22 de março de 2009

Ternura

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.
{Vinicius de Moraes}

5 comentários:

  1. Vinicius é sempre lindo... bjus Pam...

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  2. Concordo com as meninas daki! ^^


    A propósito... achei muito legal o que vc escreveu no perfil!!

    Bjoo

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  3. Hahaha acho que você deve saber quem sou eu...

    Thiago... a gente trocava cartas, se lembra?

    Enfim, me add pra conversar

    http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=7048085986593371933

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  4. ....
    eh vinicius!
    e dele não se comenta


    mas a foto.... otimo sorriso!

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"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." (Clarice Lispector)