sábado, 2 de junho de 2007

Canteiros

Quando penso em você fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa, menos a felicidade
Correm os meus dedos longos em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego já me traz contentamento

Pode ser até manhã, cedo claro feito dia
mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter no mato um gosto de framboesa
Para correr entre os canteiros e esconder minha tristeza

Que eu ainda sou bem moço para tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço, sem ter visto a vida.

Cecília Meireles

2 comentários:

  1. Pamella,
    muito bom seu blog também. O post-homenagem ao Álvares de Azevedo está belíssimo.
    No meu os links já estão disponíveis.
    Grande abraço.

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  2. Mana...o post sobre Alvares de Azevedo está otimo...
    Tava lendo aqui...^^

    E que bom que gostou do meu blog também...^^

    Finalmente um que vingou..já tava desistindo de blogs rsss

    Beijão

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"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." (Clarice Lispector)