segunda-feira, 30 de junho de 2008

Desabafo e um lamento.


Já se sentiu fazendo a coisa errada sem saber ao certo o que? Foi como me senti hoje. Embora não houvesse o que eu estivesse fazendo de errado. Não sei. Sinto que não me conheço. E essa sensação de que tudo está desmoronando vem sempre à tona, vem sempre quando não devia vir, sempre quando eu preciso de uma força a mais, um sorriso a mais, uma vitória a mais. Uma força que eu aprendi a ter sozinha, na labuta de cada dia foi a força da espera, aliás, aprendi na força, na marra mesmo.

Sei que pode tudo ser passageiro, mas sei também que eu não quero que passe. É um aperto bom, é um medo sadio. E eu nunca estive tão ligada à alguém. E vem aquela sensação das nuvens. Só quem já esteve nas nuvens poderá me entender. E só quem esteva nas nuvens pode sentir a leveza do ar com o peso da liberdade que pode desmoronar a qualquer momento.

- Nem sei o que foi isso, ainda estou na busca de mim mesma !

* * *
Imagem: do filme "O amor nos tempos do cólera"
, baseado no livro homônimo de Gabriel Garcia Márquez (que demorou 3 anos pra conceder os direitos ao diretor).

"Florentino Ariza não deixara de pensar nela um único instante desde que Fermina Daza o rechaçou sem apelação depois de uns amores longos e contrariados, e haviam transcorrido a partir de então cinquenta e um anos, nove meses e quatro dias."

É abençoado quem, por meio do destino, encontre um amor assim.

3 comentários:

  1. Essa sensação nos toma sempre que nos pegamos em uma situação que tentamos evitar, a situação em si não tem nada de errado, mas em um tempo em que tudo podia ser motivo pra uma estrupulia, hoje achamos que o menor deslize pode ser fatal e a consciência pesa até pelo que ainda não fizemos.]

    Sei como é, bem pelo menos acho que sei, a gente quer que agora seja diferente, a gente sabe qe mudou, dificil e convencer o mundo disso.

    Saudades de vc Pam...

    Temos que nos trombar pelo msn pratrocar algumas figurinhas... rsrsrs

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  2. cinqüenta anos, deus do céu.
    que seja bem abençoado sim.


    -
    e eu prefiro assim mesmo, mesmo que doa, só assim eu sei que ele ainda tá aqui dentro.

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  3. Eu vi esse filme. Achei bonito.

    Obrigada pela força, viu?

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"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." (Clarice Lispector)